Na fase de preparação para a cirurgia, o paciente passa por uma consulta com o médico anestesista que vai analisar exames recentes, perguntar sobre medicamentos, fitoterápicos ou suplementos que esteja tomando, se tem alergias, se já foi anestesiado ou operado, se fuma ou consome álcool e, o mais importante, esclarecer todas as dúvidas que ele possa ter.
O anestesista tem papel fundamental durante toda a cirurgia, sendo responsável por monitorar o estado geral, o nível de consciência, a pressão arterial, o pulso e a respiração do paciente, ou seja, manter todas as funções vitais em níveis seguros. O profissional está preparado para lidar com quaisquer intercorrências. A duração da anestesia depende da intervenção cirúrgica, sendo que o anestesista a mantém o tempo que for necessário.
Terminado o processo cirúrgico, o paciente permanece numa Unidade de Cuidados Pós-Anestésicos. Durante essa fase de recuperação, que pode se estender por alguns minutos ou até algumas horas, o paciente é monitorado pela equipe médica e de enfermagem, sendo transferido para a enfermaria ou recebendo alta quando volta ao estado de consciência, com dor controlada, sem náuseas ou vómitos e com estabilidade respiratória e cardíaca.
O tratamento da dor em pacientes desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida, abordando tanto a dor aguda quanto a crônica. Quando administrado por especialistas em dor, o tratamento adequado não apenas alivia o sofrimento imediato, mas também previne a transição para a dor crônica, reduzindo o risco de complicações a longo prazo.
Os profissionais da Takaoka me deixaram muito à vontade e me deram dicas muito importantes na hora do processo anestésico. Do mesmo modo, recebi toda a atenção possível e orientação clara de como proceder no pós-operatório, para que minha recuperação fosse rápida e sem eventos contraditórios. Estou muito satisfeita!
Paciente do núcleo da dor Takaoka.
O anestesista possui a graduação em Medicina e a residência médica em Anestesiologia, totalizando até nove anos de estudo. Ele precisa ter o título de especialista e pode se submeter ao TSA – Título Superior de Anestesiologia (título máximo da especialidade). O anestesista pode ainda continuar sua especialização em especialidades específicas como dor, medicina intensiva, anestesia pediátrica congênita, transplantes, entre outras.
Os diferentes tipos de anestesia são sedação, anestesia geral, bloqueio de nervo periférico e bloqueio de neuroeixo. Na sedação, são administrados medicamentos para um sono de superficial a profundo, sem a necessidade de um suporte ventilatório. Na anestesia geral, o sono é sempre mais profundo e necessita de um suporte ventilatório. No bloqueio de nervo periférico, é realizado o bloqueio de um nervo específico do corpo com o auxílio de um ultrassom (bloqueio dos nervos do braço, por exemplo). O bloqueio de neuroeixo contempla a raquianestesia e a anestesia peridural.
Todos os procedimentos médicos possuem algum tipo de risco. Na anestesia, os riscos mais frequentes são reações alérgicas, broncoaspiração (pneumonia por aspiração de conteúdo gástrico) e dificuldade de intubação orotraqueal. Alguns efeitos colaterais incluem náuseas, coceira e tontura. É de extrema importante sempre ser atendido por um bom profissional para que os riscos e efeitos colaterais sejam minimizados.
A avaliação pré-anestésica pode ser realizada por uma consulta prévia ao procedimento ou no mesmo dia. O(a) anestesista avalia as condições clínicas do paciente, as contraindicações, quais medicamentos devem ser suspensos, analisa os exames pré-operatórios, orienta sobre o procedimento e sobre o pós-operatório.
Durante a administração da anestesia, é normal que o paciente sinta tontura, sonolência, zumbido, um gosto amargo na boca e apresente amnésia. Tais eventos duram apenas alguns segundos.
Na recuperação pós-anestésica, o paciente pode apresentar algum grau leve de dor, náuseas, alteração dos reflexos e sonolência. Após acordar da cirurgia, o(a) paciente é encaminhado para a sala de recuperação pós-anestésica, onde ficará monitorizado(a) e tais sintomas poderão ser controlados.
Quando o paciente é anestesiado, perde o reflexo de tosse. Se não estiver em jejum, pode vomitar e desenvolver pneumonia por aspiração do conteúdo gástrico para o pulmão.
O tipo de anestesia sempre é planejado com a equipe cirúrgica visando à melhor estratégia para o procedimento e para o pós-operatório, para que tudo aconteça da melhor maneira. Dependendo do procedimento, qualquer outra anestesia (como sedação e bloqueio do neuroeixo) podem ser alternativas para a anestesia geral.
Na avaliação pré-cirúrgica, o especialista em dor pode dar suporte ao cirurgião e ao paciente em determinados procedimentos que eventualmente representem alguma condição potencial de dor pós-cirúrgica.
Um especialista em dor é treinado para avaliar e diagnosticar a origem do incômodo de forma precisa. Eles possuem conhecimento especializado sobre condições diferentes e podem realizar exames e testes específicos para identificar a causa subjacente da dor.